Fala Dengue


Bactéria comum em insetos pode dar fim à dengue
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Sidney - Uma bactéria comum nos insetos pode se transformar na solução para 
erradicar a transmissão da dengue, doença cuja variante hemorrágica causa milhares de
 mortes ao ano, segundo destaca uma equipe de cientistas australianos. A bactéria, cujo 
nome é Wolbachia, não é própria dos mosquitos Aedes aegypti, principais 
transmissores da doença, embora esteja presente em 5 milhões de espécies de insetos.

Se o Aedes aegypti for infectado com a bactéria, "a possibilidade de incubar o 

vírus da dengue dentro do mosquito diminui", e assim "não seria transmitido às pessoas" 
explicou Scott O'Neill, chefe da pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista "Nature".
 Os experimentos, que estão na fase inicial, podem ser um grande passo para a erradicação
 desta epidemia, informou o cientista australiano.

A dengue é uma doença endêmica na maioria dos países tropicais do mundo, entre eles 

quase a totalidade das nações da América Latina e do Sudeste Asiático, e afeta a cada
 ano mais de 50 milhões de pessoas.

Para o experimento, os cientistas introduziram duas cepas da bactéria Wolbachia em

 uma colônia de mosquitos Aedes aegypti criados pelos pesquisadores, que foram
 alimentados com sangue infectado pela dengue em um laboratório da Universidade
James Cook na cidade nordeste de Cairns.

Ao reproduzirem-se, o número de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia 

aumentou, enquanto o daqueles com vírus da dengue diminuiu. Um casal de mosquitos
 infectados produz menos ovos que um não infectado, e quando um macho infectado 
cruza com uma fêmea não infectada esta não produz ovos, observaram os pesquisadores.

A Wolbachia, que se transmite através do mosquito fêmea à sua descendência, elimina 

micróbios presentes no mosquito, incluindo o vírus da dengue. Os cientistas liberaram 
em janeiro cerca de 300 mil mosquitos do laboratório com a cepa bacteriana com o 
objetivo de reproduzirem-se com outros selvagens.

Passadas cinco semanas da liberação foi comprovado que quase todos os mosquitos

 Aedes aegypti continham a bactéria Wolbachia. "Espera-se que agora essas regiões 
tenham uma menor incidência de transmissão do dengue", ressaltou Scott O'Neill.

O experimento é o 1º que realizam os cientistas para deter o ciclo de transmissão de

 uma doença transmitida por uma população de insetos aos humanos. Os cientistas
 esperam realizar experiências similares na Tailândia, Vietnã, Indonésia e Brasil.

Fonte: Agência EFE











Armadilha para mosquito da DENGUE....e se em cada casa existisse uma?










Na foto acima, o material necessário:
Uma garrafa pet, o anel de lacre da tampa da garrafa, tesoura, fita isolante, lixa para madeira de número 180, um pedaço de filó (15 x 15 cms) de trama fina, do tipo usado em mosquiteiros ou telas de janelas contra mosquitos e um grão de ração para gatos (não serve ração para cães), ou três ou quatro grãos de arroz ou alpiste levemente amassados.

A garrafa pet deve ser cortada em duas partes, formando um "copo" e um "funil".


A boca do funil deve ser vedada com o pedaço de filó que será fixado com o anel de lacre da tampa da garrafa pet e a parte interna do "funil" deve ser lixada até ficar áspera e fosca. 








Agora, a montagem final:

Coloque no fundo do "copo" o grão de ração para gatos ou os grãos de arroz ou alpiste amassados.
Encaixe o "funil" com a boca para baixo dentro do "copo" e vede o conjunto com a fita isolante.
Encha com água até a metade do "funil" e complete este nível com água sempre que necessário.
A armadilha para mosquitos está pronta e deve ser colocada em algum lugar da casa a salvo da luz solar!
Vamos explicar como funciona a armadilha:
A superfície interna do "funil", áspera e fosca, facilita a evaporação da água, o que atrai as fêmeas dos mosquitos.
Como a água possui material orgânico, originário da ração para gatos ou dos grãos de arroz ou alpiste, a fêmea do mosquito colocará seus ovos na superfície da água no interior do "funil", pois o material orgânico irá servir de alimento para as larvas.
Quando os ovos eclodem, as larvas mergulham em busca do alimento e como são muito pequenas, atravessam o filó da boca do "funil".
Mas as larvas crescem, se transformam em mosquitos e não conseguem voltar através do filó ficando presos (os mosquitos adultos), dentro da armadilha até que morram!
Esta armadilha é, possivelmente, o mais seguro, barato e eficaz método de extermínio de mosquitos, pois o combate tradicional é feito com o uso de substâncias tóxicas (inseticidas) usados para matar larvas ou os insetos adultos.
A realidade vem mostrando que o uso de inseticidas não só não acaba com os mosquitos como causa efeitos prejudiciais ao meio ambiente, pois mata todos os insetos, interferindo na cadeia alimentar de pássaros, por exemplo, além de causar danos também à saúde de seres humanos.
Se você montar uma dessas armadilhas em sua casa, dentro de pouco tempo poderá observar larvas de mosquitos na água em seu interior.
Para saber se as larvas são do mosquito AEDES AEGYPTI (transmissor da DENGUE), basta aproximar o foco de luz de uma lanterna, se as larvas fugirem da luz, são do AEDES AEGYPTI, se as larvas não fugirem da luz, são de mosquitos comuns.

AEDES AEGYPTI não gosta de luz!
Em qualquer dos casos você já estará no lucro porque ninguém gosta de mosquitos!
A eficácia de tal armadilha reside no fato de que ela interrompe o ciclo vital dos mosquitos, porque a fêmea que coloca seus ovos ali não se reproduzirá.
O ciclo vital do mosquito transmissor da DENGUE dura cerca de 15 dias e cada fêmea põe cerca de 400 ovos.



Mosquito da Dengue está dentro de casa?

Este ano, até o dia 11 de junho, foram notificados 18.517 casos de dengue distribuídos em 178 municípios, representando uma redução de 42,46% em relação ao mesmo período de 2010, que notificou 32.184 casos, confirmando 15.094.

Para ele, é importante que os órgãos públicos não baixem a guarda com os resultados. Otoniel ressalta, porém, que o larvicida diflubenzuron não é a única arma para acabar com a dengue. Informar a população sobre os métodos para inibir a proliferação do mosquito é fundamental. “O aedes aegypti é preguiçoso, gosta de água limpa e dentro das residências encontra um bom ambiente para reproduzir, pois tem sombra e sangue humano para se alimentar. Então, o cuidado dentro das residências deve ser redobrado”, alerta.

O médico infectologista do Hospital Oswaldo Cruz Vicente Vaz atende pacientes de dengue há mais de 20 anos. Ele vê com cautela os números apresentados, pois constata que o número de pacientes com dengue hemorrágica atendidos no hospital elevou-se em aproximadamente 100% no HUOC, instituição considerada de referência em tratamentos de dengue no Estado.

O médico diz que a dengue é uma doença reemergente e as epidemias são causadas pela facilidade de deslocamento provocada pela mobilidade, assim como outras doenças. “Atualmente, estão sendo registrados casos de sarampo na Europa, enquanto no Brasil essa doença não existe mais, tudo porque foi feito um controle.”

No Oswaldo Cruz, Vicente Vaz diz que a equipe atende cerca de 100 casos por mês, todos de dengue complicada. “Os casos de dengue hemorrágica dobraram, elevaram-se 100% em um ano. Mas a dengue hemorrágica não acontece frequentemente, é rara.”

A pesquisadora Lêda Régis, da Fiocruz, lembra que a instituição desenvolveu um sistema de monitoramento e controle populacional do mosquito em que são utilizadas armadilhas para capturar ovos em residências e, após um tempo, é feita a contagem desses ovos, assistida por computador. As informações são transferidas para um banco de dados geográficos e, assim, é possível gerar relatórios. Pode-se, por exemplo, analisar a evolução temporal dos ovos de acordo com o regime de chuvas e comparar os resultados dos bairros. “O sistema identifica os momentos mais críticos e os locais prioritários para intervenção, permitindo o planejamento de ações”, declara Leda.

A pesquisadora defende ações mais intensas na área de comunicação para informar as pessoas sobre como evitar a picada do mosquito, pois o aedes aegypti só transmite o vírus quando pica uma pessoa já infectada. ”O ideal seria isolar as pessoas que estão na fase viral, pois todas têm o vírus se multiplicando na corrente sanguínea. Do ponto de vista prático, numa metrópole, isso não é factível. Não se pode colocar as pessoas em isolamento. Mas essa orientação tem sido negligenciada. As pessoas têm que saber que, quando infectadas, cada pessoa nesta situação é uma fonte de infecção e precisa se proteger para não contribuir para a infecção das outras”, aponta.

Lêda Régis explica que ao ser picada pelo mosquito a vítima entra em fase de viremia e, quando apresenta febre é exatamente no momento em que o vírus está se multiplicando. Nesta fase é preciso ficar numa cama protegida por mosquiteiro, porque isso vai evitar que as demais componentes da família também contraiam o vírus, pois basta o mosquito picar a pessoa infectada e, em seguida, picar outra pessoa para transmitir o vírus . Ela diz que muitas pessoas não sabem dessa informação, que é óbvia. Lembra que se fosse possível proteger todas as pessoas na fase de viremia o número de casos de dengue seria bem menor. “Impossível fazer o cálculo de redução, mas, vejamos, se na cidade do Recife houver o primeiro caso de dengue e esta pessoa for isolada a doença não vai proliferar. A fêmea se alimenta dia sim, dia não e cada vez que ela se alimenta pode infectar duas, três, quatro pessoas. Então, uma fêmea é capaz de inocular vírus numa quantidade de até dez pessoas. Ela fica de 45 a 55 dias viva.”

Segundo ela, a rede pública gasta cerca de R$ 1,3 bilhão de reais por ano com a dengue. O programa custa aos cofres da nação um valor muito alto, fora os planos de saúde privada que gastam com seus segurados. Grande parte desse custo representa a compra de inseticida para aplicar nas águas.

“Qualquer biólogo que conhece bem a biologia do inseto vai dizer que é impossível controlar a população do mosquito com inseticida. Uma fêmea de aedes deposita os seus ovos em todo canto, impossível tratar todos esses recipientes. O que se faz é tratar uma parcela pequena desses recipientes, pois o inseto tem um ciclo biológico muito rápido”, avalia. Ela observa também que a exposição de pessoas por longo tempo ao larvicida causa problemas de saúde.

“Para ser bem curta, por exemplo, as pessoas que aplicam esses produtos precisam ser periodicamente examinadas para checar os danos que são causados. É obrigatório, por lei, e se é assim é porque se trata de algo perigoso.” Ressalta que, por outro lado, as populações de aedes aegypti estão resistentes a esses produtos usados por mais de uma década. E o estado gasta para monitorar essa resistência. “A resistência mostra que o inseto não morre com esse produto. Então é urgente que se utilize inteligência nas ações de controle do mosquito. Também é preciso modernizar a campanha de informações para que as pessoas conheçam a biologia do inseto, em vez de emitir ordens, tampe isso, tampe aquilo.”

Na Prefeitura do Recife, alguns funcionários que atuam na aplicação do larvicida foram submetidos a exames que apontaram alterações no sangue. Otoniel Barros explica que os casos estão sendo investigados para se verificar se a alteração foi provocada pelo uso do Diflubenzuron.

Outra recomendação importante da pesquisadora é quanto ao risco que se corre nos próprios hospitais que atendem pessoas infectadas pelo vírus. Ela lembra que os pacientes em atendimento precisam ficar protegidos para não serem picados pelo aedes aegypti que pode estar habitando a área interna das unidades hospitalares. “Essa proteção otimiza o uso de recursos, não adianta sair por aí espalhando o veneno. Essa ação não só não resolve, como permitiu que chegássemos a esse ponto. Há muito que se fazer, é preciso que as pessoas tenham um conhecimento básico para se cuidar e evitar a picada do mosquito, também é preciso ter cuidado com o uso de repelentes, atenção à bula para não se intoxicar”, orienta a pesquisadora.
Para Vicente Vaz, o que dificulta a realização do diagnóstico é que dengue apresenta sintomas muito parecidos com os de outras doenças. O controle do vetor, aponta, é o caminho mais adequado para reduzir o índice de pessoas infectadas. Observa que para isso é preciso um trabalho em conjunto, coordenado. “Não adianta o Recife fazer o controle sem que Jaboatão e Olinda, cidades vizinhas, também o façam com a mesma eficácia.” O infectologista alerta para o relaxamento das ações quando os índices aparecem com números reduzidos. “O que nós observamos é que há vitórias, empates e derrotas nessa guerra, pois toda vez que o número de casos é reduzido num ano, no outro aumenta porque há um relaxamento. O problema é a descontinuidade dos programas de controle.”
Neste semestre a Secretária de Saúde do Estado adquiriu equipamentos para controle químico do vetor, instalação de ovitrampas (armadilhas especiais para coleta de ovos do mosquito) em prédios públicos e pontos estratégicos de alta circulação de pessoas.
Também foram contratados 500 agentes de controle de endemias para auxiliar o trabalho dos agentes dos 61 municípios prioritários. O investimento estimado na ação é de R$ 5 milhões.
Apostando na arma da comunicação, a secretaria também providenciou a confecção de folders, cartazes e jingles/spots para alertar a população que o controle da doença deve começar dentro de casa. Todo o material explica as formas de prevenção da doença, os sintomas e diferenças entre as formas clássica e hemorrágica.
 




Video educativo é a nova ferramenta da prefeitura do recife contra a dengue 10/06/11

Os brincantes Mateus e Catirina animaram o lançamento do vídeo educativo “A Dengue em Nossa História”, na tarde desta quarta-feira (08), no Teatro Santa Isabel. O filme, desenvolvido em animação 3D e 2D, será mais uma ferramenta da Secretaria Municipal de Saúde para combater a doença na capital pernambucana. Estavam presentes no evento gestores e técnicos da Administração Municipal, estudantes da rede pública de ensino e parceiros da gestão no enfrentamento da enfermidade.
O curta-metragem esclarece de forma simples e direta o processo de chegada e desenvolvimento da doença na capital pernambucana e restante do País, a partir de 1685 – data do primeiro registro em território nacional. Ao longo de nove minutos, o vídeo ainda destaca sintomas, dicas de prevenção e curiosidades acerca da dengue, além de rememorar ações empreendidas no início do século XX pelo médico e sanitarista Oswaldo Cruz na busca pela erradicação do inseto vetor da enfermidade no Brasil.

O secretário municipal de Saúde, Gustavo Couto, falou sobre a importância do engajamento da população no sucesso das ações de combate à dengue. A ideia é distribuir o vídeo entre as 480 unidades da rede escolar e torná-las agentes multiplicadores de informações sobre a doença. 

Números
Até o fim de maio, a Secretaria Municipal de Saúde teve 1.992 notificações de dengue – 50,9% a menos que o mesmo período do ano passado. O bairro do Ibura, na Zona Sul da cidade, é o que registra maior quantidade de casos notificados e também de confirmados: 206 e 76, respectivamente. Aproximadamente 85% dos focos da doença estão em residências.
Fonte: Folha Digital, com informações da assessoria e de Robson André, repórter de Grande Recife
Assista ao Video na nossa página principal.



Exemplo a ser seguido pelos vereadores de Recife.

O vereador de São Sebastião, Amilton Pacheco (PSB), vai propor ao Poder Executivo, na sessão ordinária dessa semana, 17/05, por meio de projeto de lei, que sejam adotadas novas medidas, com aplicação de multas e até a parceria com a Polícia Militar e as imobiliárias da cidade para conter o avanço da dengue no município. 

“A criação de lei específica, que ampare e legitime as ações dos Agentes de combate a endemias do município, é instrumento de fundamental importância para obter sucesso na difícil missão de, ao menos, no nosso município, reduzir ao máximo a proliferação da dengue”, afirma o parlamentar.
Caso a proposta seja acatada na Câmara e depois sancionada pelo prefeito, os proprietários, ocupantes ou possuidores de terrenos, inclusive imóveis não habitados regularmente, deverão manter os terrenos e as edificações permanentemente limpas, sem acúmulo de lixo, mato, materiais inservíveis e livres de criadouros do mosquito do gênero Aedes, evitando a proliferação dos vetores da dengue.
A iniciativa vai abranger também os responsáveis por estabelecimentos públicos e privados, exploradores de atividades comerciais, industriais ou prestadores de serviços da cidade.
Se for constatada infração à Lei, os responsáveis serão notificados para que limpem os terrenos e edificações, no prazo de dois dias, a contar da data da notificação ou da data da publicação do edital.
No caso do responsável não atender a notificação, a propositura prevê aplicação de multas, que podem variar de leves a gravíssimas, de acordo com o número de focos do mosquito da dengue encontrado no local vistoriado pelos agentes de saúde. Nas reincidências, as multas serão aplicadas em dobro.
Além disso, o projeto de lei prevê multa  classificada como grave, caso os responsáveis proíbam a entrada nos estabelecimentos dos agentes credenciados para fiscalizar a existência de focos do mosquito Aedes aegypty e dar orientação.
Para garantir a salubridade da população e sem prejuízo da aplicação das sanções, o projeto também prevê que os agentes de combate a endemias, devidamente credenciados e identificados, sob a responsabilidade e supervisão da Secretaria Municipal de Saúde, poderão entrar nos quintais, jardins e locais externos de residências fechadas.
A entrada desses agentes nos estabelecimentos, conforme está previsto, poderão ocorrer sem a presença de ocupantes e devidamente acompanhados de um Policial Militar,  unicamente para efetuar o controle do vetor da dengue, inclusive com abertura de portões, muros e suas construções ou reconstruções, correndo as despesas por conta do proprietário, acrescidas de 100% de seu valor a título de administração.
O projeto de lei também autoriza a Prefeitura Municipal a firmar parceria com as imobiliárias da cidade com vistas a facilitar a vistoria de imóveis que costumam ficar fechados durante um longo período do ano.
“A maior dificuldade que hoje os Agentes de combate a endemias enfrentam é a resistência de muitos moradores autorizarem sua entrada para fiscalizar sua residência, com registros de freqüentes casos de agressão física”, explica o vereador Amilton Pacheco (PSB).
Os valores apurados na aplicação de multas por infração sanitária, previstos nesta Lei,  deverão ser revertidos em benefício da Divisão de Vigilância Epidemiológica, para aplicação exclusiva em treinamento, equipamentos e demais recursos necessários ao bom desempenho dos trabalhos da equipe.
“É público e notório que as políticas de providências adotadas pelos órgãos competentes, nos diversos âmbitos da administração pública, para combater o avanço da dengue no país têm-se demonstrado pouco eficazes. A dengue é um problema sério de saúde pública, que deve ser tratado em todas as esferas de governo, com o máximo de cuidado e empenho, utilizando-se de todos os recursos e instrumentos disponíveis para a erradicação dessa doença que ano após ano aflige a população”, conclui.


O que é LIRAa?

Uma ferramenta que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito e que, consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de epidemia da doença. Esta é a função do Liraa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), metodologia utilizada pelos municípios para o levantamento de índices larvários. Foi desenvolvido em 2002, pelo Ministério da Saúde, para atender a necessidade dos gestores e profissionais que trabalham com o programa de controle da dengue de disporem de informações entomológicas de maneira mais rápida.  

Para o superintende de Epidemiologia, Francisco Lemos, o Liraa é considerado uma "carta de navegação" para as ações de controle da dengue nos municípios, pois “permite identificar as áreas com maiores índices de infestação pelo Aedes aegypti e os principais criadouros”, disse.  


Metodologicamente, o Liraa funciona da seguinte maneira: o município é dividido em áreas menores (em média 9000 imóveis) e são sorteados, aleatoriamente, os quarteirões que serão pesquisados, identificando então a infestação na área, chamada de estrato, e também os principais criadouros do mosquito. “A partir da informação obtida pelo Liraa, os gestores e técnicos têm subsídios para tomada de decisão principalmente para a priorização de áreas de atuação bem como das estratégias a serem utilizadas para eliminação ou controle dos principais criadouros da doença identificados no estrato”, avaliou Lemos.

Fonte: Blog Asaces da Madalena



A sua piscina pode se tornar um berçário para o mosquito transmissor da DENGUE.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a dengue um dos principais problemas de saúde pública do mundo, com cerca de 100 milhões de pessoas infectadas em mais de cem países. Uma divulgação maciça em toda a mídia nos alerta sobre a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti, evitando deixar água parada em locais como vasos de plantas, pneus e caixas-d’água. Mas o que muitos não sabem é que a piscina também pode ser um grande foco de ovos e larvas.
A comparação entre os meses de janeiro a março de 2010 e 2011 aponta para uma redução de 43% no total de casos notificados neste período. Apesar dessa redução global, 15 estados apresentaram aumento no número de casos, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Água sem tratamento é um convite ao mosquito. É nas paredes da piscina, próximo do nível da água, que ele deposita os seus ovos – cerca de cem ovos – que podem eclodir depois de alguns dias ou até depois de dois anos. Por isso manter a piscina tratada com cloro regularmente é muito importante. Só assim se pode evitar a formação dos ovos do Aedes aegypti.
Segundo Fábio Forlenza, responsável técnico por treinamentos para tratamento de água da hth, empresa líder mundial em tratamento de piscinas, o ideal é aplicar cloro três vezes por semana e realizar a limpeza das bordas com uma esponja, no mínimo, uma vez por semana. “É na borda e na superfície da piscina que o mosquito deposita seus ovos. Além disso, é fundamental que seja realizada uma manutenção adequada com cloro para manter a água saudável e livre da dengue. É preciso observar diariamente o residual de cloro ativo presente  na água e mantê-lo nos padrões recomendados”, explica Fábio. O profissional também lembr a que, além desses cuidados, deve-se realizar periodicamente a filtragem da água da piscina.
Em março, foi divulgado pelo Ministério da Saúde, um levantamento que mostrou o maior numero de suspeitas de dengue graves até o mês de feveireiro, no Sudeste. Os casos somaram um total de 1.126 notificações, que representaram 47,6% do número geral. A maioria aconteceu no Rio de Janeiro – 762 casos. A região Norte, aparece com 30% dos casos graves suspeitos, o Amazonas e o Pará tiveram, respectivamente, 438 e 195 notificações. Com 15,8% do total dos casos graves, o Nordeste, apresenta o maior número de pessoas em Pernambuco – 116, 109 no Ceará e 74 no Rio Grande do Norte. Já o Centro-Oeste tem 5% dos registros, os estados do Mato Grosso e Goiás possuem 54 notificações cada. A região Sul, só registrou casos graves no Paraná, c om 39 suspeitas.


Contingência da Dengue em Pe.

Uma megaoperação começou a ser montada para o combate à dengue no Estado. Para isso foi lançado, ontem, o Plano de Contingência da Dengue, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O plano prevê a capacitação de profissionais de saúde dos 61 municípios, reforço na compra de equipamentos para controle químico do vetor e no número de leitos para as unidades de saúde, distribuição de capas para depósitos e aquisição de medicamentos e material médico-hospitalar.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, no ano passado foram notificados 57.362 casos de dengue, em 185 municípios, o que representa um aumento 585,73% em relação ao mesmo período do ano de 2009, que foi de 8.365 casos em 49 municípios do Estado. As ocorrências da doença na forma clássica com complicação (DCC) ainda em 2010, foram 17. Já as de febre hemorrágica da dengue (FHD) foram 150, com 20 óbitos. 
Uma das vítimas desse caso foi o ajudante de pedreiro Wagner José Santana, 21, que contraiu o vírus no trabalho e passou três dias vomitando sangue, quando foi internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. “Na sala em que eu estava, havia muitas pessoas que também es tavam com den gue, mas a atenção foi toda para mim, pois só eu estava com a dengue he morrágica. Passei ainda quatro dias internado lá, e perdi muito peso, pois eu mal me alimentava e ainda assim o meu organismo rejeitava”, lembrou.
Segundo o secretário de Saúde do Estado, Antônio Carlos Figueira, a justificativa para esse número, é que nesse ano houve a reintrodução do vírus do tipo 1, além da característica climática, no período de fevereiro, mar ço e abril, com mui ta chuva e muito sol. Ele enfatizou ain da, que o que provoca uma maior gravidade é uma maior quantidade de vírus circulando no Estado, que no caso de Pernam buco já existem dois, o 1 e o 2. Um outro agravante foram os casos de dengue do tipo 4, que tiveram início na região Norte do País.
Segundo a diretora geral de Controle de Doenças e Agravos, Rosilene Hans, Pernambuco conta com a volta do vírus tipo 1, que há 15 anos não circulava. “Muitas pessoas não entraram em contato com es se vírus na época, e outras nem eram nascidas, então a gen te teve a probabilidade de ter mais pessoas doentes, além das condições climáticas, ora muito sol ora muita chuva”.
O secretário Antônio Carlos Figueira enfatizou que o trabalho abordará uma estratégia de intervenção nos municípios prioritários, que são classificados como alto risco (19 cidades) e estado de alerta (42 municípios). “Em 2011, já fo ram notificados 513 casos, o que comparado com o mes mo período do ano passado, representa um aumento de 12%, ainda assim, estamos den tro da normalidade, mas te remos que fazer um grande esforço nesses próximos três meses, para que não se repita a endemia de maio de 2010“, disse  Figueira, que pretende diminuir a taxa de letalidade da dengue a menos de 1%.

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